quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Renascido do Inferno - Riki-oh


Yo.
Hoje vou estreiar uma nova seção do blog: Renascido do Inferno. Eu queria chamar de HellRaiser, mas vamos valorizar nossa língua, né?
Bem, "Renascido do Inferno" será a parte do blog onde farei uso dos poderes de necromante adquiridos numa luta contra um Dragão Negro (D&D para quem não entendeu) para trazer-lhes filmes e outras coisas da época em que a minha avó era virgem (ou nem tanto, isso será a meu bel prazer) e que são tão ruins mas tão ruins que são boas.
Pretendia começar com HellRaiser, mas não deu então meu primeiro ressurgido será "Riki-oh - A história de Ricky".


Essa película é a adaptação para live-action de um mangá (que eu nunca li)criado por Tetsuya Sawatari. Apesar do mangá original ser japonês o filme foi feito em Hong Kong (terra do Jackie Chan, sabiam?).
A história se passa num mundo onde as prisões foram privatizadas (provavelmente pelo PSDB) e o estado parou de vigiá-las completamente. Como resultado elas se tornaram lugares onde a lei é feita pelo Guardião (uma espécie de presidente do lugar, só que mais forte e abertamente corrupto).
Então somos apresentados à Ricky, nosso herói com o maior estilo de protagonista de jogos de artes marciais antigos como Black Belt e My Hero, condenado à 11 anos de cadeia por matar os homens que causaram, indiretamente, a morte de sua namorada. Dentro da prisão conhecemos os vilões da vez Ciclops que, adivinhem só, só tem um olho e um gancho no lugar da mão esquerda, e a Gangue dos Quatro, lutadores poderosos que dominam as quatro alas da prisão. Juntos eles formam um sistema opressor, violento e desumano contando até com produção de ópio. Caberá a Ricky parar isso e trazer a verdadeira justiça.
Mas a história não é nem de longe a coisa mais atrativa de Riki-oh. Não, o grande charme da coisa é a dose cavalar de violência gráfica e exageros que são apresentados por efeitos especiais bem fraquinhos. Em certos momentos dá para ver que quem está em cena é um boneco e não um ator e facilmente percebe-se que os "corvos" que aparecem no combate contra Hai são claramente galinhas pretas (vai ver era para afastar mau olhado).


O filme é cheio de cenas memoráveis como quando Ricky dá um pedala (aquele tapinha na cabeça, sabem?) e arranca fora o olho de Hai que logo depois abre a própria barriga e tenta enforcar nosso herói com o próprio intestino, ou quando ele desfere um soco tão forte em Tarzan (não, não é o amigo da Chita) que atravessa a mandíbula do mesmo apenas para momentos depois os dois cruzarem um soco (naquele jeitão dos Cavaleiros do Zodíaco) no qual a mão de Ricky atravessa a de Tarzan arracando-lhe todos os dedos. Isso sem contar a absurda luta final contra o Guardião que conta até com uma transformação a lá Incrível Hulk (só que mais vagabunda, claro).
Ricky é outro grande atrativo. O cara não fica devendo nada à Chuck Norris ou Capitão Nascimento. Para falar a verdade acho que ele peita os dois ao mesmo tempo e ainda vence. O cara tem força o suficiente para abrir buracos em pessoas e até em muros com os punhos nus e é praticamente indestrutível. Em certo momento cortam os nervos de seu braço direito com uma faca. Para qualquer um seria o fim, mas Ricky não é qualquer um. Ele simplesmente dá um nó no nervo e está novamente pronto para o combate. Ficou cego? Lava os olhos que passa. Tiros? O que são balas perto do incrível Ricky? Ele é absolutamente indestrutível assim como seus ideais de justiça e dignidade.


Técnicamente falando não é um filme lá tão ruim. Os efeitos são fracos mas em nenhum momento comprometem a diversão (na verdade é a podreira deles que dá graça à coisa) e a trilha sonora não se destaca, mas também não faz feio. No geral eu diria que a qualidade geral estaria mais ou menos no nível de "O Ataque dos Tomates Assassinos". Se isso é bom ou ruim, você Deicide (quem lê Bleach vai pegar essa).
Se querem um filme lotado de violência gráfica, uma história interessante e não se importam, ou gostam, de efeitos trash e exageros do tipo que se vê em Hokuto no Ken ou Dragon Ball Z então Riki-Oh: A história de Ricky é a pedida certa.



Vídeo:
AVISO: Contém spoilers do filme (oh rly?). Se quiserem aproveitar ao máximo o filme, não vejam.
AVISO 2: Infelizmente só encontrei com aúdio em inglês. Aconselho que tentem conseguir a versão com aúdio original.
AVISO 3: Nada não, só queria enrolar mais um pouco.

2 comentários: