![](http://templolunar.files.wordpress.com/2011/03/black_swan_ver7-300x444.jpg?w=202)
Assisti a esse filme no sábado passado. Já queria fazê-lo há bastante tempo, mas só consegui tempo agora na ultima semana do filme no cinema aonde vou. Só haviam cópias legendadas, o que não foi de todo ruim, pois pude ver quão boa foi a atuação da Natalie Portman e o ingresso foi só R$ 2,00 a meia então consegui ver também o Besouro Verde. Bem, vamos ao que interessa.
Black Swan (Cisne Negro no Brasil) é a história de Nina Sayers, uma bailarina esforçada e perfeccionista que ganha uma chance de estrelar o Lago dos Cisnes quando a antiga bailarina principal, Beth Macintyre, é forçada a se aposentar. Seu estilo frágil e tecnicamente sem falhas é perfeito para o papel do Cisne Branco, porém para esse espetáculo ela terá de dançar também o Cisne Negro. A pressão sobre ela cresce ainda mais com o surgimento de Lily, uma dançarina rebelde e sedutora, perfeita para o papel da contra-parte negra da Rainha Cisne. Pouco a pouco a mente de Nina se desfaz enquanto se torna cada vez mais difícil diferenciar realidade de alucinação.
A premissa básica, uma pessoa com a mente danificada perdendo a noção de realidade, apesar de muito usada, ainda rende ótimas histórias e Black Swan é um ótimo exemplo disso.
A maneira como Darren Aronofsky leva o filme faz com que você realmente não saiba se o que está ocorrendo na tela é real ou não. Seu uso das manias e falhas psicológicas de Nina com mecanismo de ligação entre os dois mundos. A transformação gradual do Cisne Branco no Cisne Negro ocorre através de experiências que todos os pais presentes na sala considerariam erradas, mas que para os jovens são normais. A libertação representa a perdição da inocência e o abandono para o mundo. Os embates psicológicos entre o Branco e o Negro culminam num final que apenas posso chamar de genial.
Talvez o filme não tivesse tido metade do apelo não fosse a excepcional atuação de Natalie Portman. Ela consegue passar perfeitamente as emoções de jovem de mente debilitada. Uma atuação grandiosa que resultou numa das poucas premiações justas dessa ultima edição do Oscar.
Black Swan é violento, psicótico, sombrio, mas extremamente elegante. Há erros? Naturalmente. Algumas sequências foram óbvias demais, comprometendo a elegância do todo, coisa que nem na cena de sexo lésbico que o deu uma censura +16, nem nas sequências de mutilação jogadas em sua face, ocorreu. Um pouco mais de sutileza e esse teria sido um filme perfeito.
Black Swan ousa ser agressivo em tempos em que até os Slashers tornaram-se covardes repetições de si mesmos. Se tiverem a chance, assistam essa belíssima obra.
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